domingo, 12 de fevereiro de 2012

Fear of the Dark

Parando um pouco com as homenagens, decidi partir pra um clássico. Espero que eu não destrua a música ou desonre-a de qualquer forma.

"Eu sou um homem que caminha sozinho... e, diabos, se eu caminho por uma estrada escura.

E na verdade, essa foi a minha opção e o meu destino. O destino me forçou a caminhar por uma estrada escura, e eu optei por fazê-lo sozinho. Não é saudável ter gente perto de mim, ainda mais agora com todos esses anjos e demônios atrás de mim. A solidão doi, de vez em quando... mas a perda sempre doi muito mais.

Eu estou acorrentado ao meu destino, literalmente.

Pior que a perda em si, talvez, seja o medo de senti-la quando tenho alguém comigo. Como aconteceu com ela, como aconteceu com a minha irmã recentemente... Eu tenho medo de muitas coisas. Eu tenho medo constante de que tem algo próximo de mim, algo que eu não vejo, mas sinto, que eu não ouço, mas posso quase farejar... O medo de que minha hora solene esteja chegando. Meus medos são quase maiores do que minha dor e meu tormento.

Quase.

Depois de minha irmã, de quem a completa ausência de notícias me é tranquilizante, eu percebi que estou condenado de vez a viver sozinho. Ela fez muito por mim, mesmo em pouco tempo: as informações que tive a partir dos estudos dela me guiaram a uma compreensão maior de como usar minha maldição em favor próprio. As Correntes de Halzazee cobram o preço de seu poder em sangue... e, pelo visto, eu estou pagando muito bem. Temo pelo dia que talvez eu não consiga pagá-lo...

Tenho medo de muitas coisas. De como tudo pode terminar, de como talvez eu não descanse nem depois de morto. De como a posse contratual de minha própria alma pode trazer um final ainda mais escuro à estrada que sigo...

Posso ter medo do fim da minha estrada.

Mas, diabos, eu não tenho medo do escuro."

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

The Haunting (Somewhere in Time)

Amizades antigas são difíceis de explicar. Sem muitas delongas, entrego o texto que escrevi com a música escolhida por um de meus grandes amigos, em quem muito confio e a quem muito devo.

Essa é a tua, Lucas.

"O mero som da voz de sua voz me fez acreditar que você era ela.

E que felicidade isso me trouxe ao ouvir sua voz, minha irmã. O fato de eu ainda ter uma família foi o maior consolo que tive nos últimos vinte anos, desde que deixei tudo para trás para viver uma vida de paranoia e fuga. Quando eu disse que para você me deixar enquanto ainda podia.

Mas você não me ouviu e me procurou, e me levou de volta para a sua vida.

E as coisas pioraram, rápido. Tudo piorou e então você foi tragada de volta no redemoinho que corre em nosso sangue. Você foi atacada por meus inimigos até sua mente estar em pedaços. E quando não há mais virtudes para defender, você cai.

Fundo.

Eu sinto muito. Muito mesmo. Eu não pude fazer nada para protegê-la... eu sequer pude me proteger quando me dispus a dar tempo para que você fugisse. Mas sim, eu derrotei aquela criatura. Se isso lhe servir de consolo, eu a derrotei. Eu nunca vou me orgulhar tanto de alguma coisa quanto me orgulhei daquilo: de quando olhei para você e disse 'vá embora essa noite, eu fui longe demais para poder começar tudo de novo...

... com alguém como você.'

Eu posso não saber onde você está, sequer saber se você está viva. Mas uma coisa eu prometo, do fundo de minha alma, minha irmã...

... Em algum momento do tempo, eu irei encontrá-la e assombrá-la de novo.

Obrigado por tudo."