sexta-feira, 25 de novembro de 2011

When the world's on your shoulders...

Se eu tivesse uma oportunidade única de dar um conselho para alguém com certeza absoluta de que essa pessoa ouviria, eu não diria coisas como "viva a vida ao máximo", porque isso pra mim não faz sentido. Eu também certamente não diria "acredite no amor", porque sentimentos não foram feitos para que confiemos cegamente neles. Diabos, eles sequer foram "feitos".

Meu conselho seria "lute contra quem você é, a todo o tempo, sem descanso".

E alguém viria e me diria "Rá!!! Tu fez inúmeras postagens dizendo para ser quem você é e agora diz isso?"

Sim.

O que acontece é que as mudanças que nos são necessárias não ocorrem quando "seguimos o fluxo" e aceitamos quem somos. Não, elas são o resultado de batalhas internas constantes e que duram todas as nossas vidas. E são elas que fazem nós quem somos, o tal "fluxo" que seguimos. Nós somos o resultado parcial de algo que nunca terá um resultado final: nunca paramos de mudar, por mais (des)agradável que isso seja... e, se você parou de mudar, você provavelmente não está lendo isso aqui.

Porque você morreu.

Então, lutar contra si mesmo é a forma que temos de evoluir. Funciona... muito bem. Por isso que esse seria meu conselho: confie na sua mente, desconfie de seus sentimentos. Porque eles mudam... rápido. Eles são trapaceiros... eles mudam e depois mudam de volta. Meu conselho, se pudesse ser mais elaborado, envolveria também esperar antes de tomar decisões. É uma regra: a qualidade de uma decisão é proporcional ao tempo que se demora para tomá-la. Essa proporção não é direta, no entanto... ela lembra uma curva normal.

Muito rápido: decisão idiota.
Tempo certo: a decisão que você tomou é, provavelmente, a que melhor condiz com seus desígnios no momento (o que, não necessariamente, evita que ela seja idiota... apenas diminui a chance de que ela seja, mas "Mali Principiis, Malus finis"... o que começa mal, termina mal...)
Demorou demais: você provavelmente não decidiu nada e agora não tem mais o que fazer.

Espero que eu tenha falado de forma compreensiva.
Agora tentem pensar sobre o assunto.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

He know changes aren't permanent... but changes!

Em vários momentos na nossa vida, nós questionamos algumas das coisas que acabamos criando. Situações, vínculos, valores... não interessa. Em um determinado momento, tu vais acabar questionando um ou mais... talvez até todos.

De certa forma, esse questionamento nos ajuda a aprimorar (ou avacalhar com) quem somos. Basicamente, pensar sobre quem somos e o que fazemos é alguma que costuma resultar em mudança. Eu era uma pessoa meio anti-mudanças, mas eventualmente isso mudou... o que é engraçado.

O grande problema que eu sempre vi, e ainda vejo, em mudar, é que você sempre sabe de onde está saindo, mas não pra onde está indo. Considerando que estamos tratando de PERSONALIDADE, é sempre ruim não saber como vai ser a próxima. Você espera que seja melhor, mas isso não é uma certeza.

Sim, a mudança é uma vadia de coração frio e com uma faca cravada nele.

Enfim, foda-se, não é pra isso que eu tô escrevendo.

O que mais me irrita nas mudanças é que elas, algumas vezes, tornam coisas das quais gostávamos um tanto quanto... complicadas. Quero dizer, quando eu entrei na fase intermediária da minha adolescência, eu parei de jogar Magic. Foi uma merda, eu adorava jogar... mas simplesmente não tinha mais aquela vontade forte que guiava minha vida. Sério, o joguinho era minha estrela-guia naqueles tempos de escuridão. Ainda bem que nenhum jogo guia minha vida agora...

... oops.

O ponto é: mudar faz a gente deixar de gostar das coisas que a gente gostava, algumas vezes, e isso é uma merda. Era esse o motivo pelo qual eu não gostava de mudar e é esse o motivo pelo qual eu ainda sou um pouco relutante em fazê-lo. Se minha personalidade é um barco, no mínimo eu quero saber onde vou parar... de preferência, antes de zarpar.

Mas não, ninguém se conhece bem o suficiente para saber os resultados de uma mudança.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

O Tomo Desconhecido de Fúria: "Under the ice we will be free..."

E então, estavam todos os Eternos reunidos pela primeira vez em sei lá eu quanto tempo. Seria um momento emocionante... se nós gostássemos uns dos outros.

Orgulho estava no centro de todos, cercado por mim, por Revés, Mágoa e Conhecimento. Aquele círculo também marcava a confiança: de fora dele, não confiávamos em ninguém. Mas era necessário tê-los ao nosso lado, então Orgulho não tinha opção.

-Meus irmãos. Tenho noção de que muitos de vocês tentaram recusar essa invocação, pois sei que me odeiam ou me temem. Mas Revés é um grande mago e forçou-os a vir. E é porque tem algo que vocês precisam saber.-começou Orgulho.

-Eu matei o Matador de Gigantes. E esse é o martelo dele.-disse ele, erguendo a arma.

Inúmeras expressões. Pânico, admiração, desespero. Essas são apenas algumas delas, mas houve um consenso geral: surpresa.

-A morte do Matador de Gigantes serve como prova para o que eu direi a seguir. Existem algumas entidades que nós consideramos imortais, mas elas podem ser mortas. Anjos e demônios, esses nós sabemos que podemos matar. E, no entanto, eles nos trancaram aqui. E ficaram com ambos os mundos. O mundo espiritual é uma prisão perpétua na qual nós não tentamos fugir. E é isso que eu lhes proponho: vamos quebrar as correntes que nos prendem aqui.

Mais surpresa.

-Céu e Inferno não são os nossos inimigos. Não, talvez até pelo contrário: talvez eles nos ajudem. Nossa guerra será contra os Quatro Cavaleiros. Aqueles de vocês que querem lutar pela sua própria liberdade contra as criaturas que nos forçam a ficar nesse mundo, estejam aqui quando o primeiro raio do sol tocar o chão desse deserto. O resto de vocês...não me interessa.