"Acho que a Foice como instrumento da morte dá à vida uma idéia de colheita: você nasce, você cresce e então você é brutalmente eviscerado por uma entidade maior e com armas mais violentas que as suas..." - Dark Harlequin
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
Homenagem à Porto Alegre
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
The Mercenary
Não demonstre sentir medo.
E não demonstre sentir dor."
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
Wasting Love
Bom, na mesma linha do que eu escrevi pro André (Farewell), o Bruno Paini foi outra pessoa que deu uma mão no ano passado. Além disso, a gente jogou League of Legends o ano inteiro e ele me deu uma mão pra sair do Elo Hell. Como meu presente de formatura, o máximo que eu posso fazer é o que vem a seguir.
“Eu fico pensando: como minha vida seria se eu fosse normal?
Quero dizer, talvez um dia eu seja um homem honesto. Por ‘honesto’, eu quero dizer “alguém que faz o que diz e que pode ser digno de confiança”. Mas eu não sou, porque eu tenho que ser tão insidioso quanto os demônios que eu caço... e que me caçam. Então eu vivo assim, com uma paranóia interminável, sempre observando, sempre de olhos abertos, do nascer do sol ao por do sol e assim sucessivamente.
Eu também penso se as coisas seriam melhores se eu tivesse alguém que caçasse junto comigo... mas eles normalmente morrem, ou fogem. Os mais sortudos fogem. Eu sou obrigado a viver sozinho, porque qualquer um que se aproxima de mim é um alvo em potencial. Eu passo meus dias completamente sozinho porque já tive aliados o suficiente pra saber que não é saudável pra eles. Talvez seja meu destino, viver sozinho. Eu já tentei aceitar isso, especialmente depois da morte dela, mas é tão difícil...
Mas não. Eu tenho um motivo para fazer isso. Eu tenho as minhas correntes, e elas são o suficiente. Nas mãos erradas, elas seriam muito problemáticas. Eu tenho que defendê-las e, até agora, eu estou fazendo o melhor que posso.
E quanto aos amigos que perdi...
Eu garanto que irei lembrar deles... e evitarei que suas vidas sejam cobertas pelas areias do tempo.”
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
Sympathy for the Devil
A gente adquire um monte de coisas quando começa a faculdade. Conhecimento, dores de cabeça, dúvidas, frustrações, alegrias. Sim, muitas dessas coisas. Mas de todas as coisas que eu conquistei no curso de biologia, talvez nenhuma tenha sido tão importante quanto essa. Nenhuma outra coisa esteve comigo SEMPRE que eu precisei. Nenhuma outra coisa me disse a verdade quando ela tinha que ser dita e, na biologia, nenhuma coisa me deixou tão claro o quanto o vínculo de “sangue” é pequeno perante a infinidade de possibilidades que é uma amizade.
Ivi, essa é pra ti.
E a música que ela escolheu já está no título.
“Decidi começar a escrever as catástrofes que acontecem comigo pra quando algum idiota me matar por causa dessas malditas correntes, eu pelo menos tenha feito algo produtivo em vida... talvez produtivo o suficiente pra limpar a minha vergonha por ter falhado.
Então, por favor, permita que eu me apresente. Eu não sou um cara de riquezas e bom gosto. Não. Eu tenho um Del Rey velho e um apartamento caindo aos pedaços que mal cabe metade da minha mobília. Eu fumo charutos vagabundos, cigarros baratos e a minha coleção inteira de whiskeys não soma trinta dólares. Eu tenho tatuagens, incluindo uma corrente, a corrente pela qual provavelmente me mataram. Eu sou paranóico e fiz um sistema de vigilância com minha câmera fotográfica que ficou tão precário que não durou um dia. Eu tenho um monte de armas velhas e livros com tanta poeira que seria considerado homicídio doloso se eu abrisse um deles na frente de alguém alérgico a pó.
Mas eu não cheguei tão longe assim sendo um fracassado. Eu passei por cima de muita coisa. Eu lutei com cultistas tão velhos que fariam o atraso no lançamento do ‘Chinese Democracy’ parecer uma semana. Eu enfrentei demônios tão horríveis que muitos iriam preferir assistir o filme do Justin Bieber durante dias a sequer ter que olhar para eles. E sim, eu vi gente morta. Com que freqüência? Maior do que eu gostaria. Muitas vezes, gente de quem eu gostava. E foi isso tudo, e o diabo do legado das correntes, que me fez seguir adiante. Isso e, algumas vezes, vingança. Eu já passei por tanta merda que nem sei se a coisa pode piorar.
Não sou conhecido. Não espero que você adivinhe meu nome.
Meu nome é Ivan Della Rey.
E, como você provavelmente percebeu (e se não percebeu, como diabos eu morri contra alguém burro que nem você?), eu não tenho a menor simpatia pelo Diabo.”
domingo, 15 de janeiro de 2012
Amigo Nenhum
Bom, eu não vou me delongar muito. A gente entra em alguns grupos conhecendo apenas uma pessoa e, de repente, em questão de meses... aquele grupo te faz se sentir em casa. As pessoas desse grupo te entendem, se divertem contigo... mas quando a coisa fica séria, eles mostram pro que vieram. No exato momento em que a minha turma da faculdade se dispersou, eu fui agraciado com um grupo assim. E a música dessa postagem foi escolhida por uma pessoa desse grupo.
A Alícia.
Então, aqui está:
“Eu realmente cometi alguns erros grotescos. Sim, acontece com todo mundo, especialmente com gente fodida na vida que nem eu. Mas acho que das idiotices que eu fiz na minha vida, nenhuma foi mais estúpida do que quando eu me mudei pra essa cidade.
Eu lembro que quando entrei com meu Del Rey nas primeiras ruas do centro, tive uma sensação filha da puta. Olhei para o espelho e disse ‘caralho, eu acabei de chegar e já me arrependi’. Sim, foi uma merda. E o pior não é isso: é a imundície disso tudo. Eu moro aqui há vinte anos... essa cidade cresceu que nem tênia em barriga de gordo. E continua TUDO sujo, continua tudo realmente MUITO feio. Eu ando por essas ruas e o cheiro me dá náuseas. Eu já estive em necrotérios abandonados e nunca sequer tive vontade de vomitar, e ainda assim o cheiro de esgoto do centro disso aqui me derruba. E isso não é o pior.
As pessoas são desagradáveis. Eu entendo perfeitamente porque isso aqui é cheio de demônios: todo mundo é tão podre que eles devem se sentir em casa. E não para por aí: não são só as pessoas que são horríveis. Eu sou uma pessoa que gosta de frio, sim. Mas aqui, o inverno é foda... a neve faz com que seja complicado até pra caminhar e o vento é tão gelado que é difícil respirar. É tudo ruim, com escalas ocasionais em ‘muito ruim’ e paradas mais longas do que devia em ‘uma merda’. E ainda assim, eu tô preso pelo dever nesse rincão desolado da fazenda do demônio que alguns insistem em chamar de ‘cidade’.
Diabos, eu odeio isso aqui... até falar daqui me irrita.
Nas poucas vezes que eu viajo, a única coisa que eu penso quando chego nessa desgraça de novo é...
... mil vezes maldita cidade.”
sábado, 14 de janeiro de 2012
Farewell
Essa música foi escolhida por um amigo meu de curta data que eu sequer conheço pessoalmente mas que, sim, eu já considero como um amigo. Passei grande parte do ano conversando e rindo e falando merda com o pessoal no skype e, sinceramente, foi uma das coisas que me fez segurar as pontas durante o ano passado inteiro. Pra iniciar as homenagens e agradecimentos aos meus amigos, começo com a música escolhida pelo André de Peder... Farewell, do Kamelot. Um abração André e obrigado por ter participado.
Pra ser sincero, eu me arrependo de muita coisa. De ter seguido o meu legado de família, de ter arrastado algumas pessoas pra isso comigo. Não há nada, talvez, de que eu me arrependa mais do que dessas duas coisas. Não foi fácil, pra mim, entrar num mundo cheio de demônios e, sinceramente, eu tenho tantas marcas (físicas e mentais) devido a essa escolha que talvez nem Deus conseguiria curar a minha alma se ele tentasse.
Mas eu rezo por aqueles que eu amei.
Todos os dias, e é só por eles que eu rezo. Todas as pessoas que, indiretamente, entraram nesse buraco e não saíram. Todas as vezes que eu me deparei com os corpos sem vida daqueles que confiaram em mim. Não foram muitas, mas certamente não foram poucas: a culpa, no entanto, é infinita. E ela marca, como ferro quente. Se todas as vezes que eu tive “certeza do que estava fazendo”, eu parasse e percebesse que ninguém segura a verdade absoluta em suas mãos...
Eu não posso dizer que eu teria feito tudo diferente. Não, talvez eu não tivesse. Talvez eu tivesse cometido o mesmo erro, seguido a mesma linha de raciocínio. Mas se, de todas as vezes que isso aconteceu, eu tive conseguido mudar apenas uma delas... qualquer uma delas. Se em um momento eu percebesse que eu não sou a prova de falhas na hora de envolver os outros e que, por mais que meus planos me parecessem perfeitos, alguém acharia uma falha neles...
Se eu tivesse tido a chance de dizer adeus.”
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
Warrior's Pride
Blizzard on a Broken Mirror
E como se nunca tivesse vindo aqui, vou-me embora... ninguém nunca se importará, porque ninguém nunca vai saber o que ninguém nunca viu.