(Sem relação com o Tomo Desconhecido de Fúria... esse trecho se passa muito antes)
-Ah Orgulho... você me devia uma, não? Então agora pague!
Desgraçado. Eu vi uma lança cruzar o céu mais rápido do que a própria luz. E, logicamente, doeu como o inferno quando ela me acertou. Rolei no chão, agonizando, enquanto a maldita entidade parou ao meu lado.
-Isso ainda não está terminado, meu caro. Eu ainda vou ter sua cabeça. É bom você se preparar, Desgraça.
Ele riu.
-O que você pode fazer contra mim, Orgulho? Você está imerso em minhas ilusões... afogado em meu próprio poder. Que tipo de magia poderia retirá-lo disso?
Magia. Agora estava óbvio... Confesso que, por um momento, tive medo. Mas tinha alguém que estava pronto para me defender... e eu talvez tivesse esquecido disso.
-Você acha que nenhum poder me tiraria de suas garras?-perguntei, com uma nota de sarcasmo na voz. Tentei me levantar, mas sem sucesso -Poupe-me de sua arrogância, verme.
-Eu, arrogante? O que poderia livrá-lo de mim?
Uma tempestade de proporções míticas formou-se no céu. E então choveram os raios. Milhares deles, todos no mesmo ponto. Todos em meu adversário. Quanto azar, não?
Não. Não foi azar.
E ele desceu, então. As asas despenadas abertas, um velho estandarte para mim. Não importa o quão difíceis ficassem as coisas... quando aquelas asas apareciam, elas estavam resolvidas.
-Você está um bagaço, Orgulho. Eu deveria matá-lo pra manter a memória que eu tinha de você imaculada por este momento.
-Não fale isso, meu irmão. Não importa quanto eu sofra... eu sempre estou pronto para a próxima batalha.
Aqueles raios não foram guiados pelo azar.
Foram guiados pelo Revés.
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Uma homenagem ao meu irmão de sangue, do qual posso estar distante agora, mas cujas asas sempre serão, para mim, um sinal de que a luta ainda não acabou.
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