domingo, 16 de outubro de 2011

Secrets of an Old Tale III: Bloodline

(Sem relação com o Tomo Desconhecido de Fúria... esse trecho se passa muito antes)

Confesso que senti muita dor quando todo aquele redemoinho de poder colidiu comigo. Eu já tinha lutado muito, mas nada se comparava àquela entidade. Malditas criaturas sobrenaturais, elas conseguiam avacalhar com todas as possíveis regras que alguém pudesse criar.

-Ah Orgulho... você me devia uma, não? Então agora pague!

Desgraçado. Eu vi uma lança cruzar o céu mais rápido do que a própria luz. E, logicamente, doeu como o inferno quando ela me acertou. Rolei no chão, agonizando, enquanto a maldita entidade parou ao meu lado.

-Isso ainda não está terminado, meu caro. Eu ainda vou ter sua cabeça. É bom você se preparar, Desgraça.

Ele riu.

-O que você pode fazer contra mim, Orgulho? Você está imerso em minhas ilusões... afogado em meu próprio poder. Que tipo de magia poderia retirá-lo disso?

Magia. Agora estava óbvio... Confesso que, por um momento, tive medo. Mas tinha alguém que estava pronto para me defender... e eu talvez tivesse esquecido disso.

-Você acha que nenhum poder me tiraria de suas garras?-perguntei, com uma nota de sarcasmo na voz. Tentei me levantar, mas sem sucesso -Poupe-me de sua arrogância, verme.

-Eu, arrogante? O que poderia livrá-lo de mim?

Uma tempestade de proporções míticas formou-se no céu. E então choveram os raios. Milhares deles, todos no mesmo ponto. Todos em meu adversário. Quanto azar, não?

Não. Não foi azar.

E ele desceu, então. As asas despenadas abertas, um velho estandarte para mim. Não importa o quão difíceis ficassem as coisas... quando aquelas asas apareciam, elas estavam resolvidas.

-Você está um bagaço, Orgulho. Eu deveria matá-lo pra manter a memória que eu tinha de você imaculada por este momento.

-Não fale isso, meu irmão. Não importa quanto eu sofra... eu sempre estou pronto para a próxima batalha.

Aqueles raios não foram guiados pelo azar.
Foram guiados pelo Revés.

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Uma homenagem ao meu irmão de sangue, do qual posso estar distante agora, mas cujas asas sempre serão, para mim, um sinal de que a luta ainda não acabou.

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