domingo, 31 de julho de 2011

Set the course, for a new shore...

Eu já escrevi uma vez que meu mundo é assolado por fantasmas.

E eu vejo sombras cada vez mais intensas se aproximando.

"No, don't, no, don't sink the boat that you built to keep a float".

Eu meio que me sinto como o capitão de um navio que afunda. Botes salva-vidas para todos aqueles que lhe são próximos. Tire eles daí: o barco é seu e é só você que vai afundar com ele. Contemplo a tempestade responsável por tal naufrágio e vejo uma fúria quase consciente. Como se aquilo fosse uma retribuição. Não discuto; apenas aceito.

E então começa. As velas encharcadas estão incapazes de levá-lo adiante. As ondas começam a encher o convés de água, e a cada vez que o navio balança, ele chega mais perto de afundar. O leme já não mais me obedece, mas sim ao rugido sombrio dos ventos. E os mastros, ah, os mastros envergam e partem-se perante a ira implacável do vento. Não importa se você é ou não um bom navegador: perante uma tempestade intensa o suficiente, todos somos crianças quando se trata de navegar.

E o momento derradeiro se aproxima, quando você simplesmente abandona a esperança e aguarda até que a água cubra-lhe o rosto e o afogue. Você afunda no mar...

Você afunda no mar da existência.

E agora... você vai nadar para onde?

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