segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Rise of the Fallen 12: Descent of the Archangel

-Preciso encontrar um último aliado antes de abrir os portões.-disse eu.-Destino, encontre Gabriel. Reúna os dois exércitos. Nós ainda temos uma última carta na manga.

-Certamente, Azazel. Estarei esperando-o. Você saberá onde me encontrar.-disse ele. E sumiu.

Voei até o Vesúvio, o vulcão que destruiu Pompeia. Dentro dele, em suas profundezas, havia um tesouro guardado para qualquer um com coragem, poder e convincência para arrebatá-lo. Existiam outros capazes de fazer isso que não eu, mas disposto, um somente. E era eu mesmo.

Na abertura do vulcão, porém, reconheci alguém. Confesso que senti um pouco de admiração ao vê-lo. Era da minha altura e tinha cabelos loiros e cacheados, uma barba loira rala e olhos completamente brancos. Era muito forte e vestia uma armadura no peito. Um par de asas brancas era evidente, e em suas mãos pendiam uma espada em chamas e um escudo.

Miguel Arcanjo.

-Azazel.-disse ele, com a voz seca.

-Miguel. Confesso que acho sua visão mais gratificante que a de nosso irmão mais velho. Na realidade, chego a achar bom vê-lo.-disse eu, em resposta.

-Você tem que parar com o que está fazendo, demônio. Você está arriscando tudo. Você vai morrer.-disse ele, em resposta.

Contive minha ira. Miguel sempre tinha sido ríspido e inflexível.

-Ora, meu irmão.-respondi, com um certo escárnio.-Você tem sido um bom soldado raso por muito tempo. Porque agora quer evitar uma última guerra?

-Não seja ridículo, Azazel, chamando-me de "soldado raso". Sou o Príncipe da Milícia Celeste, General das tropas do Céu. Comando falanges capazes de cobrir o sol e superá-lo em brilho. Eu não estou tentando evitar a Guerra, demônio. Eu estou tentando mantê-lo fora dela.

-Você acha que eu não sou capaz de lutar como um "terceiro lado"? Eu sou quase da sua idade e infinitamente mais poderoso que qualquer um de seus "pombos".-respondi, enfurecido.-Você me teme, não é? Me odeia por ter tido a coragem que você nunca teve.

O rosto de Miguel, pela primeira vez, demonstrou alguma emoção. Um misto de escárnio e pena.

-Eu não tenho sentimentos em relação a você, Azazel. No momento, você e seus cabeças-de-vento são o menor de meus problemas, se é que chegam a ser problema. Lucifer é o meu problema. A sua vontade de lutar contra nós é porque eu e ele somos grandes. Você é só o anjo que está à nossa sombra. Ele é o mais belo, eu sou o mais prodígio... e você é o mais tolo, Azazel. Mas não se preocupe. Se os seus planos derem certo, logo você vai notar isso. Logicamente, vai ser tarde o suficiente para sua morte ser iminente. Adeus Azazel. Até o Julgamento Final. E faça tudo rápido. Eu quero estar aqui para presenciar o seu desespero quando tudo que você acredita estiver como a lava desse vulcão: derretida e contida no fundo da Terra. Como, um dia, você mesmo esteve.

Nenhum comentário:

Postar um comentário