quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Rise of the Fallen 9: Morning Star

-Vá, então, Gabriel. Faremos bom uso de sua arma quando a hora chegar.-disse eu.

O anjo abriu as grandes asas regeneradas e então voou. E quanto a mim, era hora de reerguer meu outro filho. As minhas asas abriram-se e aprontei-me para voar. Mas alguém, uma voz conhecida, chamou meu nome.

-Azazel.-disse a voz.-Eu não esperava vê-lo tão cedo. Você está ainda mais desagradável do que da última vez que eu o vi.

Uma gargalhada de escárnio ecoou de minha garganta.

-Ora, ora.-respondi.-Veja se não é o filho bastardo e ingrato. Lucifer. Como vão as coisas naquele buraco que você chama de reino?

-Acho que estão muito melhores do que no buraco de onde você veio. Diga-me: você sentiu falta do calor da vida enquanto estava enterrado? Deve ser horrível. Você, somente. Nenhum outro de nós, nenhum humano. Somente você e terra.

Desgraçado.

-O que você quer, Imundo?-perguntei.

-Ora, acalme-se, Caído. Ou posso chamá-lo de Demônio, já? Eu sei que você não gosta, mas é o que você se tornou, não há nada que eu possa fazer. Eu vim conversar com você sobre a idiotice que você está fazendo.-respondeu ele. Lucifer apresentava-se sem asas. Vestia uma armadura completamente branca e seu cabelo preto e liso passava da cintura. Os olhos eram claros e brilhavam. Era da minha altura.

-Estás com inveja de não ter papel nenhum no Apocalipse, "maninho"? Lhe incomoda saber que você depende de mim para vencer.

Dessa vez, ele gargalhou.

-Poupe-me, verme, de seus discursos. Você sente inveja de mim porque eu fui transformado em rei e você em uma minhoca com asas fadada a esperar que algum outro animal lhe desenterrasse. Você vale menos do que a areia em que estamos pisando. Eu perdi tudo porque eu vi, antes de todos, que nós morreríamos no fim. Eu lutei por nossas existências. Você é do tamanho de seu ideal, Azazel, e você largou tudo para ter uma mulher humana. Fale o que quiser de mim, mas VOCÊ depende de mim mais do que um animal depende de água. Porque se EU decidir não lutar, como você espera enfrentar nosso Pai? Com um caído que não vale sequer uma pena de suas asas e meia dúzia de Eternos? Você é ridículo, Azazel, a escória dentre os demônios. Você sequer pode chamar-se de anjo.

Senti a fúria aflorar de minha essência na forma de energia pura. Devastei milhares de quilômetros. Quando a poeira baixou, ele ainda estava na minha frente.

-Eu vou matá-lo, Lucifer. Escreva minhas palavras, guarde-as, leia-as no teto de seu buraco durante cada noite. Quando os portões se abrirem, Miguel não terá tempo de encontrá-lo. Nem suas penas irão restar, seu desgarrado traidor.

Um sorriso apareceu nos lábios dele.

-Ah, Azazel. Tão humano. Tão patético. Eu estarei esperando você, em frente aos meus exércitos. E você, no fundo, sabe que não tem chance contra mim. Toda a sua raiva e frustração: são mínimas. EU sou o que você sempre quis ser, Azazel. Eu iluminei os Céus durante a gênese, e justo no dia em que seria sua vez, EU novamente estive lá, para atrapalhar seus planos. Eu liderei os nossos irmãos e você, como o verme inútil que é, juntou-se aos outros 5 para nos derrotar. Você sequer venceu Abbadon, ou esqueceste que Raziel salvou a tua pele imunda? Você acha que tem poder, Azazel, mas a única coisa que você tem é um par de asas. E mais nada. Você tem sorte de eu ter esse tempo para lhe lembrar QUEM de nós é REALMENTE um anjo caído... e quem é somente uma pomba indignada. Adeus.

E sumiu.

-Lucifer. Quando o sangue verter de sua garganta, você não conseguirá mais rir. E eu olharei para o seu rosto desesperado... e sorrirei.

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