quinta-feira, 5 de julho de 2012

Cross my Heart... and Hope to Die!


Eu vi civilizações surgirem e desaparecerem quando aquela lâmina fez verter o sangue de uma divindade.

O primeiro, dentre os quatro, tinha me custado muito. Recuperar a Lança do Destino tinha sido arriscado, e eu certamente não teria conseguido sem ela. Ainda não entendo como consegui pegá-la de seu antigo dono...

-Sabe o que é mais engraçado nisso tudo, Peste? Eu conheci inúmeras entidades que nasceram como mortais e se eternizaram como deuses... Mas você é o primeiro que eu vejo nascer eterno... e agora morrer como um simples mortal.

-Ah, Orgulho... A minha morte trará um futuro mais sombrio do que a mais sombria de suas perspectivas.- respondeu o Cavaleiro moribundo.

-Eu bebi a água do Mar do Destino. Eu conheço o futuro.

Ele gargalhou.

-Nossa, nunca pensei em fazer isso. Eu seria imortal se fizesse... você é mais tolo do que parecia, Orgulho. Você matou uma divindade, uma entidade que faz parte do equilíbrio desse mundo... e a partir de agora, você colherá o que está semeando.

-Suas ameaças são vazias, Peste.

-Não... vazias são as suas esperanças.

Desgraçado. Esperança, como eu pude esquecer dela?

-E por falar nela...-riu Peste.

-Eu já vi você fazer coisas idiotas, Orgulho... mas talvez eu não tenha usado força o suficiente.-disse Esperança.

Matar Peste utilizando a arma mais poderosa que existe foi difícil. Está certo... eu absorvi Lil'Siztah e tenho praticamente os poderes de uma divindade. Mas eu nunca gostei de enfrentar Esperança.

-Você ousa me enfrentar, mesmo sabendo que o poder de um deus agora me pertence?

E foi somente quando eu olhei para Esperança que entendi o quão ferrado eu estava... nas mãos dela, não tinha arma nenhuma. Ela não estava ali para me matar.

Nas mãos dela, somente um pequeno baú.
No rosto, um largo sorriso.

A Caixa de Pandora... diabos, como eu esqueci disso?

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