terça-feira, 10 de julho de 2012

Pandora's Box and the End of the Eternity

-Você não ousaria, Esperança.- vociferei.

-Eu não ousaria? Você enlouqueceu, Orgulho! O que você se tornou?-disse ela.

-EU ERA UM GUERREIRO, ESPERANÇA! A SUA TRAIÇÃO FEZ DE MIM UM ASSASSINO!

-Eu não lhe forcei a nada, Orgulho.

-Mentira. Você me forçou, sim. Você me forçou a matar para viver. Você era quem eu tinha, Esperança, era em você que eu confiava! Mas você optou por se vender para Fanatismo...

-Não ouse falar comigo desse jeito, Senhor das Sombras. Eu já ouvi o suficiente de você.

-Ah, não. Você não ouviu nem metade... Você é a mais podre dentre todos os Eternos, Esperança. Você é a representação de tudo que nós não deveríamos ser... o que você trouxe para a nossa raça?

-E o que VOCÊ trouxe, Orgulho? Morte, destruição?

-Eu trouxe ordem. Eu nos juntei no momento em que era necessário e nos separei quando era o que tinha que ser feito. Eu fiz mais pelos Eternos do que você fez por qualquer entidade nesse planeta. Você nunca deveria ter saído dessa caixa.

-Eu trouxe luz pra esse mundo, Orgulho. Os deuses quiseram que eu fosse liberta.

-Sim, você trouxe luz para o mundo. Mas você sempre se esqueceu que não existem sombras quando não existe a luz. Você pode ter trazido um pouco de luz... mas só o que fez foi trazer à tona as trevas.

Esperança largou a Caixa de Pandora. Ela puxou seu sabre, e minha Lâmina desapareceu da bainha para aparecer em minhas mãos.

-Lutaremos de novo? Você sabe como isso acabou da última vez.

- Dessa vez, será diferente. Aquele que for derrotado, volta para a Caixa. Você concorda?

-Sim.

Esperei Esperança atacar. Não vou correr riscos: cheguei longe demais para jogar limpo contra uma entidade como ela. Ela teve inúmeras chances de se redimir, e tudo que fez foi afundar mais. Era a hora de dar um fim nela.

Tão logo ela me atacou, eu fui em direção à Caixa. Minhas mãos fecharam-se sobre ela e então eu abri a tampa. Proferi o encantamento tão rápido quanto pude, e nunca esquecerei a expressão de Esperança quando ela foi presa de novo:

"Pelo sol que brilha acima de nós
E como guardião do artefato de Elêusis
Eu, Orgulho, declaro que sou
Capaz de desfazer a vontade dos Deuses

Se, no mundo, há de haver a justiça
Que seja, sua arma, a vingança
E por meu poder, sob os olhos do universo,
Declaro aqui o fim da Eterna, Esperança."

Explosão.

Senti o universo tremer aos meus pés e minhas mãos queimaram. O que eu tinha feito era mais do que simplesmente matá-la. A caixa de Pandora era o único artefato conhecido até hoje que era capaz de destruir plenamente um Eterno. Ela foi criada para conter-nos, e os deuses levaram milhares de anos para prender cada um dos Eternos que estiveram naquela caixa. Quando Pandora abriu a caixa, ela os libertou no mundo, e eles queriam vingança. Esperança, no entanto, só foi libertada muito depois... e sua libertação teve consequências que fizeram os Mares do Destino correrem no sentido contrário.

Mas agora não mudava mais nada.

Ela estava destruída.

Para sempre.

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