segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Rise of The Fallen 1: Out On the Water

Bom, estamos em 2040. Uma escavação petrolífera cavou um buraco no lugar errado e acabou causando uma explosão num suposto depósito de gás que na realidade nunca existiu. Aquelas brocas gigantescas criaram uma faísca imaginária que explodiu a completamente quimérica jazida subterrânea de metano ou qualquer outra coisa parecida.

Pelo menos foi isso que eu ouvi dizer.

Na realidade, fui eu. Não poderia perder a oportunidade. Passei 6 mil anos enterrado e, de repente, alguma coisa gigante de ferro vem e abre um furo na minha jaula. A luz do sol entrou. Eu senti saudades da luz. Não pensei duas vezes: coloquei a mão para fora dos limites de meu cativeiro e então despejei meu poder. Eu não tinha a menor ideia do tamanho da área que seria destruída, fazia muito tempo desde a última vez que fez-se necessário reagir. A explosão foi como uma mancha solar: derreteu metal, evaporou água, queimou vidas.

Foda-se.

Saí daquele buraco quase infernal. Arrastei-me. Eu, um dos Primeiros. Mas estou finalmente livre. Contemplei o céu: ainda era azul. Minhas asas cinzentas abriram-se, quase atrofiadas. Era hora de voar de novo.

No reflexo da água do mar, vi meu rosto pela primeira vez desde minha condenação. Continuava igual: cabelos compridos, nariz aquilino e olhos expressivos. Quase completamente brancos, mas muito expressivos. Meu corpo tinha sofrido algumas das consequências da ausência de luz solar: minha pele tinha tornado-se morbidamente pálida. As asas cinzentas formavam um manto e cobriam meu corpo. Gostei da aparência. Vou manter-me assim.

Os primeiros humanos apareceram. Eram mais altos agora e usavam aparelhos esquisitos. Antes de ser preso, utilizei alguns feitiços: dentre os anjos, nenhum era mais capaz com magia do que eu. Mantive-me consciente, olhos e ouvidos acima daquele buraco desgraçado. Chamavam de tecnologia. Patético.

A hora deles estava para chegar.

Voei para longe, encoberto pela fumaça. E rumo ao local de descanso do primeiro de meus Cavaleiros.

Do mais velho de meus filhos.

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