segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Rise of The Fallen 5: "Bleed"

-Pai?-ouvi o gigante falar.

-Filho, estou aqui. De volta.-respondi.

-Quanto tempo se passou?

-6 mil anos, meu filho. Um longo tempo. Mas é hora de liberarmos os outros.

Ouvi uma profunda respiração.

-Não.-disse ele.

Pasmei. O que diabos ele quis dizer?

-Não? Meu filho, são seus irmãos! Eles também estão trancados!-disse eu, enfurecido.

-Pai. Porque eu iria querer libertá-los? Eu vou morrer. Você me matou no momento em que me trouxe de volta.

Inacreditável. Tudo tinha sido tirado de mim. Até meu próprio filho me negava respeito, obediência, devoção. Isso não era obra de meu Pai, nem de meus irmãos.

-Meu filho. Eles me tiraram tudo. Tudo. Até minha arma. Ajude-me a fazê-los pagar por isso. Eu preciso da sua ajuda. Você é um dos Quatro. É o seu Destino.

Ele olhou para mim. Reduziu-se até ficar ao meu tamanho e então olhou em meus olhos.

-O que EU tenho a ver com isso, pai? Por sua culpa, eu nasci e fui obrigado a assistir meus irmãos morrerem, quase todos. Você nos mandou para mundos diferentes, completamente caóticos. Você não tinha a menor ideia de para onde estava nos mandando e mesmo assim, o fez. Eu não vou ajudá-lo. Vá embora.

Baixei meus olhos. Minha mão direita direcionou-se até a ponta da lança.

-Eu realmente sinto muito, meu filho. Isso nunca fez parte dos meus planos. Você era pra ser uma ferramenta importante, mas escolheu outro caminho. Farei o que você quer que eu faça.

-Você vai fazer isso, não é? Eu vejo. Você me libertou para que eu o servisse.-respondeu ele.

-Eu o libertei para que você ajudasse seus irmãos. Mas você nos traiu. Traiu a nós todos. E eu não suporto mais traições. Você talvez não queira lutar. Vai ser mais fácil.

-Não quero facilitar, pai. Você quer me matar, porque eu facilitaria?

-Porque vai ser pior pra você do que pra mim. Eu queria fazer isso rápido.

-Tente.

Saquei minha arma e investi contra ele. O garoto era forte. Muito forte. Mas eu já era velho quando ele nasceu, e o poder de um anjo nunca para de crescer. A luta foi dura, mas estava decidida no momento em que começou. Minha lâmina cortou o peito dele de uma ponta até a outra. Ele caiu de joelhos. Ergui a ponta da lança para terminar com seu sofrimento, mas ele me interrompeu.

-Não. Deixe-me morrer, lentamente.-disse ele.-Eu quero que você assista.

Obedeci. Vi o sangue do meu primeiro e mais pródigo filho verter e, tão logo a vida sumiu de seu corpo, berrei aos céus, amaldiçoando-os.

-A todos vocês aí em cima: EU vou trazer-lhes dor e agonia.-gritei.

-Azazel. Chega. Viemos acertar as contas.- disseram duas vozes atrás de mim.

Reconheci instantaneamente

-Rafahel e Gabriel.-suspirei.-Faz tempo desde que os vi pela última vez.

Nenhum comentário:

Postar um comentário