terça-feira, 17 de agosto de 2010

Rise of The Fallen 2: Flash of the Blade

Eu estava, naquele exato momento, procurando duas coisas.

A segunda era importante, sim, mas nada como a primeira. Afinal de contas, eu poderia começar o apocalipse sozinho, mas a tarefa seria um pouco mais árdua. Eu não queria correr riscos, e Miguel e o resto dos Ursinhos Carinhosos já devem ter notado meu despertar. Mas eu sei que o Big Boss não pode ficar muito tempo na terra, então ele só aparecerá na hora certa. Problema dele: só existe uma hora - tarde demais.

A primeira coisa, essa sim era realmente importante. Acontece que há 6 mil anos atrás, quando resolveram brincar de esquilo e me enterraram até que nascesse uma desgraçada duma árvore, eu tinha uma arma. Não era uma arma qualquer, lógico que não: eu tinha forjado ela pessoalmente. Era provavelmente a melhor arma já feita no mundo. Usei metais raros, negociados com criaturas sobrenaturais dos mais diversos reinos, encantamentos tirados à força dos Djinni do deserto. Forgei-a nas chamas do Inferno, antes de conduzirmos Lucifer ao seu local de aprisionamento. Pra dizer o mínimo sobre minha arma, era indestrutível por qualquer meio conhecido, a não ser pelo meu Pai. Pessoalmente.

E logicamente, agora ela estava perdida. Afinal de contas, não deixei que a capturassem. Minutos antes de minha captura, arremessei-a. Era aerodinâmica como um pássaro e minha força naquele momento, quando a raiva ardia em meu coração, era incalculável. Nem eu próprio sabia onde ela estava. Era indetectável por qualquer meio: nem mesmo detectores de metal iriam revelá-la. Mas eu, somente eu, podia sentí-la em qualquer lugar do universo, e além. Era o único objeto pelo qual mantive meu amor durante todo esse tempo.

Aproximei-me do local do descanso de minha gloriosa arma. Um descampado, completo. O tempo tinha encoberto os sinais de sua passagem. Enterrei minhas mãos e então ergui-as: a Terra entendeu minha ordem e revirou-se até revelar a magnífica e gloriosa...

... lança quebrada em uns 6 pedaços.

Como diabos isso aconteceu? Era indestrutível, eu próprio tinha me encarregado disso, a não ser que...

... meu Pai tenha estragado meu brinquedo favorito.

Um momento de angústia para alguém que passou milênios enterrado NUNCA é uma boa ideia. Peguei apenas a parte da lâmina que estava ligada ao cabo, também quebrado, e guardei-a numa bainha improvisada. Aquilo tinha passado dos limites, nem Lucifer tinha sido tão horrivelmente castigado.

Decididamente, era hora de igualar as escalas.

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