sábado, 9 de outubro de 2010

Rise of The Fallen - Final, 15 pt.3: Immortal (Stars)

A força faltou às minhas asas. Caí dos céus ao chão, como outrora eu já tinha feito. Miguel e Lucifer desceram e encontraram-me no chão.

-Vê, Azazel?-disse Miguel.-Esse era o único fim possível para essa batalha, meu irmão. Você não pensou, por algum momento, que pudesse vencer, pensou?

A resposta que Miguel esperava era um choro de arrependimento, talvez até um pedido de desculpas. Era assim que as coisas deveriam ser: os maus seriam punidos e então o Paraíso viria à Terra. Lucifer sabia que não era isso que iria acontecer: não, Azazel era idiota demais para notar que aquele era o fim. Ele iria fugir. Jamais encararia o próprio fim.

Mas nenhum dos dois esperava o que realmente aconteceu.

Ergui-me, fraco, mas com um sorriso triunfante no rosto. Algo naquele sorriso preocupou Lucifer e Miguel: não era o sorriso insano de alguém que acredita que está vencendo. É o sorriso de alguém que acaba de vencer a guerra.

-Porque o sorriso, Azazel? Fizeste tudo isso para encontrar teu fim? Esse era teu objetivo, morrer pelas mãos de Miguel, assim como esperavam que acontecesse comigo?-perguntou Lucifer.

Gargalhei.

-Vocês pensam isso, não é? Que os invejava. Nunca. Nunca tive inveja, porque eu sempre fui o que nenhum de vocês foi. Meu erro não marcou o mundo como o seu Lucifer, mas tampouco fui eu o cão fiel de nosso Pai. Minha vontade foi feita quando e como eu quis, por minhas próprias mãos. Tal como ela foi feita agora.

Arranquei a parte de cima da armadura. Inúmeros selos cobriam meu torso. Brilhavam em azul e vermelho, prova do poder que continham. Lucifer e Miguel entenderam, na hora, o que eu tinha feito.

-Em todo meu tempo naquele maldito buraco, eu só desejei que vocês sentissem o que eu senti. o desespero de estar sozinho e longe de casa, trancado em um ponto sem retorno. Nunca mais veria as torres de mármore de meu lar, nunca mais. Mas agora, vocês verão o que é isso. Eu tranquei Céu e Inferno, de forma que nem mesmo nosso Pai poderia abrir de novo sem a chave adequada.

-E onde está essa chave?-perguntou Miguel, assustado com a óbvia resposta.

-Vocês acabaram de destruí-la. Para sempre. EU SOU A CHAVE. Durante todo o tempo, eu quis matá-los. Mas vocês estão certos, não seria possível. Vocês podem ter me destruído, mas a minha vingança está completa. Aproveitem o seu tempo de jaula. O meu durou 6 milênios, mas o de vocês... o de vocês vai durar a eternidade.

E tão logo Azazel terminou seu discurso, sabendo da iminência de sua morte, impalou-se com a própria lâmina.

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