sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Rise of the Fallen 14: Bloody Rage of the Titans

O dragão uniu-se à Destino e a Gabriel. Faltava agora o último retoque.

Cravei minha ponta de lança no chão e então falei algumas palavras em grego. Durante muito tempo, fiquei apenas imaginando como seria o lugar que estava prestes a visitar. Um portal abriu-se em minha frente e então entrei por ele.

Era um mundo cinzento e escuro. Almas caminhavam, sem rumo, em grupos enormes. Mas eu sabia onde encontrar quem eu procurava. Aqui era a nascente do Rio Aqueronte, o mesmo rio que, a quase infinitos quilômetros dali, banhava o Inferno. Era só procurar pelo meio de transporte.

-CARONTE!-berrei ao mar. Ao longe, vi um barco erguer-se. Aproximou-se a uma altíssima velocidade.

-Saudações, Celestial. Diga-me: para que vieste?-disse ele.

-Leve-me até Hades. Não irei pedir de novo.

-Certamente, alteza.-respondeu.

Caronte parece um velho que recebeu uma surra com tijolos e depois teve o rosto mergulhado em ácido sulfúrico. Isso, entretanto, não o impedia de ser extremamente eficiente e poderoso. Somente alguém muito poderoso, ou muito idiota, ousaria desafiá-lo.

O tempo passou e então chegamos à outra margem. Um enorme castelo encontrava-se ali.

-Obrigado, barqueiro.-disse eu.

-Não por isso, Azazel... não por isso.-respondeu ele.

Abri os portões do castelo. Na outra extremidade do amplo salão, encontravam-se dois tronos. No trono da direita, encontrava-se uma mulher lindíssima, mas de aparência muito triste. Os cabelos e olhos eram extremamente escuros, e a pele era branquíssima. Vestia uma armadura de um metal extremamente escuro, que não consegui reconhecer à distância. No trono da esquerda, estava um homem alto, de cabelos e olhos pretos, também. Tinha um par de asas como as de um morcego, mas sem as membranas ligando os "dedos". Seu rosto tinha um ar de desprezo e ele vestia uma armadura extremamente leve, feita de couro...

...de dragão.

-Saudações, Senhor do Submundo.-disse eu.-É uma honra conhecê-lo pessoalmente.

-Azazel. Não esperava que viesse aqui. Veio usurpar meu reino?-disse ele, com uma voz rouca e grave.

Não contive o riso.

-Hahaha. Que ideia tens de mim, Senhor da Escuridão. Não, meu motivo é outro. Eu quero os titãs.

Dessa vez, ele riu.

-Hahaha. Estás louco, Azazel? Milênios na escuridão devem ter corroído o seu cérebro.-disse ele, ainda rindo.-Não posso libertar os titãs.

-Ou você faz, ou farei eu.-disse a ele.- Você sabe que, se vocês, deuses, querem o mundo de vocês de volta, a hora é agora e eu sou o único com quem vocês podem contar. O fim começou, Hades: você vai participar ou ficar na plateia.

Ele estendeu a mão para o lado. Uma espada formou-se, do nada.

-Saia de minhas terras, Azazel. Eu não vou libertar os titãs. Não o deixarei fazê-lo. O fim não irá começar se eu detiver você.

Empunhei meu resto de lança.

-Ideia errada, Hades.

A luta começou rápido e terminou rápido. Os deuses gregos eram fortíssimos, mas eu já tinha matado um ou outro. Hades podia ser poderoso, mas a verdade é que ele nunca tinha sido um grande guerreiro. Então, quando confrontado por um Cavaleiro do Apocalipse, ele não pode fazer muito. Perséfone, sua esposa, não interveio no combate. Eu sabia que ela estava ao meu lado. Em poucos minutos, arranquei os braços e as asas de Hades.

-Você poderia ter evitado isso, daimon. Foi a sua escolha. Morra por ela.-disse eu, e então arranquei sua cabeça.

Vesti a armadura de Hades e então virei-me para Perséfone.

-Agora, meu amor de muitas eras atrás, estamos juntos de novo. Senti a vossa falta durante cada segundo de meu cativeiro, mas jamais me arrependi. Vamos abrir logo esses portões. O fim nos espera.

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