terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Lost and Found 11: The Secret

-O que você acha que eu procuro?-perguntei.

-Você não vem ao Pesadelo sem motivo. Você quer refúgio.-disse ele.

Gargalhei.

-Não seja patético, Arrogância. Se eu quisesse refúgio, esse seria o último lugar que eu procuraria. Agora saia da minha frente, tenho contas a acertar.-disse eu.

Continuei caminhando, mas ele não se mexeu.

-Você tem muita sorte de nossa Majestade proibir confrontos entre Eternos dentro dos limites do plano.-desafiou ele.-Caso contrário, meus servos estariam limpando seu sangue de nosso chão.

-Bom, convido-o para sair daqui quando eu o fizer.-respondi.- Você não é nada, verme. Eu consigo matá-lo sem sequer sacar minha Lâmina. Não me faça perder tempo ou eu vou esquecer temporariamente que estamos em outro plano e transformá-lo no monte de poeira que você é de verdade.

Contornei-o e segui meu caminho. Meus guarda-costas me conduziram até a biblioteca onde eram guardados alguns dos mais tenebrosos segredos de todos os mundos. Comecei a ler aqueles livros, um por um.

Não sei quanto tempo passou, pois o tempo fluía diferente, mas adquiri muito conhecimento naquele intervalo. Minha loucura trouxe-me respostas. Trouxe-me o que eu queria. E para isso eu precisava...

A porta escancarou-se e Arrogância entrou, acompanhado por pelo menos cem guarda-costas e um outro Eterno que não reconheci. As criaturas cercaram-me, mas não reagi: minha Lâmina continuou onde estava, meus braços também. Agora eu sabia que eles não iriam me matar.

-Siga-nos, Orgulho. E não faça nada estúpido: agora você está sob custódia e nós temos permissão para matá-lo. O Imperador deseja falar com você-disse Arrogância.

-Seu cachorro não latiu para mim. Apresente-o, por favor.-impliquei.

-Eu sou Lamento. É um desprazer imenso conhecê-lo, falso Senhor das Sombras.-respondeu o outro.

-Bom, já que estou sendo convidado por duas amebas para fazer o que venho esperando desde o início. Eu sigo. Vocês não podem me matar por tratá-los como vocês merecem, podem?-perguntei.

-Eu não preciso de um motivo para matá-lo, Orgulho, e posso fazê-lo agora se você faz questão.- disse Lamento.

-Não seja ridículo, Lamento, eu posso ver daqui que você sequer está com vontade de me atacar. Eu não sei a que tipo de castração mental você foi submetido, mas eu poderia espancá-lo agora e você sequer reagiria. Você tem ordens explícitas de não me matar, do contrário não viria com mais cem soldados. Não desperdice o tempo de seu Imperador: leve-me até ele.

E segui caminhando.

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