Caminhamos até Revés, minhas asas formando uma barreira ao redor de Augustus. Quem quisesse recapturá-lo, teria que me enfrentar.
Não me espanta que ninguém tenha tentado.
-Revés... quando você quiser, podemos ir embora.
O Senhor dos Corvos arremessou o anjo que espancava e então cravou sua própria Lâmina no chão. Uma enorme fenda formou-se. Atirei Augustus dentro dela e pulei para dentro. Revés me seguiu.
Foi um bom tempo em queda livre até que finalmente pudéssemos ver o chão. Rapidamente, segurei Augustus. Aterrissamos calmamente e então olhei para Augustus.
-Você precisa de alguma coisa?
-Esclarecimento, talvez... porque você invadiu o céu para me libertar.
-Porque eu preciso de um sacrifício.
-Você poderia sacrificar qualquer mortal, e eu não me sinto tentado a supor que você realmente dá bola para os humanos que vivem e morrem.
-Um humano comum é um sacrifício ínfimo. Eles mal valem a presença não-corpórea de um demônio patético. Não, eu preciso de um sacrifício grande. E uma cria profana que estava presa nos Céus me parece o suficiente.
-Como posso valer tanto, se eu vou reencarnar?
-Não tenho certeza se você vai reencarnar.
-WOW! Espere aí, preciso reavaliar nosso acordo.
Não tenho paciência pra isso. Peguei-o pelo pescoço e então saquei minha Lâmina.
-Você não entende muito bem o que eu falo, não é, mortal? Eu não invadi uma das prisões mais bem guardadas do universo para ter que contar com a sua boa vontade. Se você quiser, eu o entrego pessoalmente para o primeiro arcanjo que eu encontrar e me certifico de que você vai ter a pior eternidade possível. E você já está se aproximando disso... tanto por ter sido resgatado do céu, quanto por estar tentando tornar-me seu inimigo. Eu e Revés invadimos o Céu para buscá-lo. Eu posso jogá-lo nas Areias dos Esquecidos, se você assim preferir. Ouvi dizer que Lucifer não trata bem seus prisioneiros.
-Você é bastante persuasivo.-disse Augustus.
-Você não viu nem a metade.-respondi, e soltei-o no chão.
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