(Hymn to the Broken Legion representa um monólogo de Orgulho)
No momento em que Guerra me espancava, eu ponderei inúmeras vezes os motivos pelos quais a Legião tinha me deixado. Juramos lealdade, lutamos uns pelas vidas dos outros um número... infinito de vezes. E, no entanto, quando eu estava sendo massacrado por um oponente contra o qual eu não tinha chance, nenhuma pena de Revés, escama de Fúria, pergaminho de Conhecimento, flecha de Mágoa e nem golpe de Inconsequência surgiu para salvar-me. Essa era a Legião? O que diabos tinha acontecido?
A resposta estava na própria pergunta. A Legião foi fundada há milhares de anos. Naquela época, nós éramos os nossos maiores problemas. Conforme nossos poderes, e nós mesmos, fomos crescendo, surgiram problemas novos: a relação entre Conhecimento e Felicidade, o isolamento de Fúria, as reviravoltas de Inconsequência... inúmeros. Nossos problemas aumentaram exponencialmente e, em um determinado momento, não podíamos estar lá uns para os outros. O que aconteceu à Legião não aconteceu à Legião per se.
Aconteceu àqueles que dela faziam parte.
A Legião não existe mais porque nós não temos mais tempo uns para os outros.
E essas palavras cortam minha essência conforme deixam minha boca.
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Deathmarks II: Wait for an Answer
Ergui-me com dificuldade. Guerra já tinha sumido. Apanhei minha Lâmina Eterna e decidi abusar de minha sorte. Já tinha tomado uma surra, outra não iria doer tanto. Eu precisava de alguém com a resposta para as minhas perguntas, alguém que pudesse me explicar COMO eu poderia matar um maldito Anátema... alguém antigo, que detivesse poder.
Eu precisava de Conhecimento.
O grande problema é que Conhecimento tinha se tornado um pouco hostil comigo. Mas, no máximo eu tomaria outra surra, mesmo.
Abri minhas asas e então voei até onde eu senti que ele estava. Não era muito longe para mim, mas demoraria quase um dia para os aviões humanos.
Pousei em sua frente e logo vi que a moça ao lado dele fugiu. Maldita Felicidade que não podia me ver sem ir embora.
-Orgulho. Você espantou minha visita.-disse Conhecimento.
-Eu não fiz nada, ela não suporta minha presença. Conhecimento, preciso de sua ajuda. Guerra me persegue.-disse eu.
-Você faz a guerra, Orgulho.- disse ele.- É por isso que o quero longe de mim por uns tempos.
-Não. O Cavaleiro Guerra me persegue. A morte de Esperança criou...- comecei, mas fui interrompido.
-Uma Terra Desolada. Sim, eu sei disso.
-Guerra quer que eu destrua o Anátema. Como posso fazer isso? Existe algo nos Contos Esquecidos Por Todos... exceto por você?
Conhecimento ponderou.
-Lil'Siztah.-disse ele.
-A dançarina dos túmulos.-respondi.-Ela é capaz de tamanha façanha.
-Você não faz ideia. Mas ela vai querer algo em troca. Dê algo valoroso, ou ela vai tomá-lo de você. O poder jaz nas mãos dela; a oportunidade, na sua. E desapareça agora, Orgulho. Sua presença não é mais bem-vinda.
-Obrigado, Conhecimento.
Para a prisão.
Depois para o cemitério.
E, por fim, para o Anátema.
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