segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Deathmarks: Intro

A morte é uma coisa tão... esquisita.

Até mesmo para nós, a quem ela nunca realmente chega, a morte é um mistério. Ela mantém as coisas como parte do ciclo, devolve o que foi investido para que algo surja. Nós nunca realmente morremos, mas isso não nos faz menos parte do ciclo.

Quando você mata pela primeira vez alguém de sua própria espécie, a sensação é muito confusa. Mesmo eu sabendo que aqueles que eu mato irão voltar, um dia, não posso deixar de sentir culpa por derrotá-los: afinal de contas, somos semelhantes. Mesmo quando todo o ódio, a raiva e o desprezo sobem à cabeça, depois que você faz uma alma dissolver-se, o componente restante é sempre o mesmo:

Culpa.

Mas eu mal sabia que a minha culpa era o menor de meus problemas no momento em que, há poucos meses atrás, matei Esperança - pela segunda vez. Por mais que eu a detestasse, a Esperança É parte das tidas como "boas emoções". Eu não entendia como e desacreditava. Mas agora eu acredito.

A morte de Esperança devastou o mundo espiritual e transformou uma área gigantesca em uma ferida pulsante de emoções negativas. Um verdadeiro chamariz para espíritos, demônios e todo o resto da corja que segue esses trastes. No centro dela, eu sabia que encontraria um espírito maligno mais antigo e poderoso do que qualquer coisa que eu poderia imaginar.

Um espírito que nós conhecemos como Anátema.

Pior de tudo: sou eu quem vai ter que limpar a bagunça.
Ainda pior que isso: só tem UM jeito de fazer isso.

Algumas cabeças vão rolar.
Muito provavelmente, a minha inclusa.

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