segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Leaves' Symphony III: Dead Leaves

A batalha contra a Legião estava teoricamente ganha antes da guerra começar, mas as marés da batalha, e a presença dos anjos nela, mudaram essa situação. Tínhamos poucos Eternos de peso ao nosso lado: Esperança e Conhecimento eram quase os únicos. Por outro lado, a Legião tinha Desespero, Fanatismo, Ódio, entre outros.

A situação, para nós, era horrível. Éramos poucos e dispersos, cada um escondido em seu abrigo, saindo somente para causar estrago. Mas a verdade é que era fácil nos derrotar. Era somente uma questão de tempo até nós colapsarmos, sob o peso de nossos adversários. Minha sorte foi que nenhum dos grandes me procurou, ou eu estaria ferrado.

Mas, eu tinha um trunfo em minha manga: minha melhor e mais leal amiga, Esperança.

E que surpresa ela foi para mim.

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-Você tem certeza?- perguntou Fanatismo.

-Absoluta.- respondeu Esperança.-Orgulho me ouvirá. Ele virá para o nosso lado.

-Certo. Mas você sabe o que fazer se ele recusar, correto?-continuou Fanatismo.

-Eu... eu não poss...-começou Esperança, mas parou.-Eu farei.

-Então vá. E traga-me aquele infeliz.-disse Fanatismo.

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Meu esconderijo não era dos melhores, mas servia. Eu precisava de um refúgio e aquela caverna no meio do nada era uma ótima opção, mas não era exatamente à prova de invasões. Esperança estava fora, lutando. E eu estava quieto, contemplativo. Era provável que eu fosse abatido, eu sabia disso. Se eu fosse o único a resistir, minha morte seria iminente.

Mas eu não tinha ideia do que estava para acontecer. Algo que mudaria completamente o rumo das coisas.

-Orgulho.-disse Esperança.

-Olá. Bom vê-la viva. Quantos deles morreram?-perguntei.

-Nenhum. Eu acho que devemos nos juntar a eles.-disse ela.

-Você está brincan...-comecei, mas interrompi.-Você já fez, não é? Você juntou-se à Legião.

Seu silêncio foi o carrasco da minha esperança pessoal. Sem ela, eu não teria condições de vencer a batalha. Senti meus planos e minhas ideias esvaindo. E meu orgulho pessoal estava ultrajado.

-EU CONFIEI EM VOCÊ, ESPERANÇA! ME DISPUS A MORRER JUNTO COM VOCÊ! FOI VOCÊ QUEM ME PUXOU PARA ESSA BATALHA E AGORA DECIDIU DEIXAR-ME SOZINHO, PERANTE A MORTE IMINENTE?-gritei.-EU LHE DESPREZO. EU LHE DETESTO.

Minhas mãos voaram para a Lâmina.

-Você é minha inimiga. E nós vamos resolver isso agora.-eu disse.

-Orgulho, por favor... a Legião é uma ideia excelente. É o que precis...-começou ela, mas eu interrompi.

-Ninguém... vai... colocar... uma sela em mim.-disse eu, entre os dentes.

Esperança sacou sua Lâmina.

-Então eu sinto muito.

Ataquei. Era a batalha mais idiota da minha vida, eu não tinha chance. Mas eu queria lutar, queria abatê-la. Queria vencê-la pela sua traição, puni-la por abandonar-me na batalha para a qual ela me puxou. Lutei com selvageria, ódio, raiva. Cada um de meus golpes era desferido como se fosse o último. Ela defendia-se e contra-atacava. Sua lâmina furou-me inúmeras vezes. Meu sangue Eterno verteu, mas eu não dava bola. Não sei quanto tempo nossa batalha durou, mas ao fim, eu estava de pé. Minha ira, meu desprezo, meus instintos me levaram além das capacidades até mesmo dela. E quando cravei minha Lâmina em seu peito, ela gritou.

-Eu não lhe absorverei por dois motivos: primeiro, não quero ter sua mácula em minha essência.-disse eu, entre os dentes.

E então, quando ela estava quase se esvaindo, eu continuei a resposta.

-E segundo, porque eu quero poder matá-la de novo.

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