quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Leaves' Symphony Final: Fallen Leaves Waltz II

Durante muito tempo, aquela Legião, a verdadeira, foi tudo com o que eu pude contar. Eram meus amigos, irmãos, companheiros e tudo que se espera daqueles que confiam a sua vida um ao outro. As consequências daquela batalha marcaram os Eternos de tal forma que nós ainda somos lembrados por alguns como traidores do próprio povo.

Claro que nenhum deles nunca ousou dizer isso em minha frente ou na de qualquer um de nós seis.

Aqueles tempos, sim, eram tempos bons. Tempos onde a união era tudo que restava, sem esperança - nem o sentimento e nem o Eterno, que eu matei duas vezes -, sem preocupações. O tempo passava e a Legião permanecia, tão eterna quanto suas partes.

A Legião era essencial.

A Legião não existe mais.

E, diabos, como eu preciso dela.
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Das sombras eu surgi, próximo ao local onde eu sabia que Fanatismo estava. Não quis me esconder, caminhei reto em direção a ele. Olhei ao redor de mim. Outros quatro Eternos estavam ao meu redor. Inveja, Ciúmes, Verdade e Serenidade. A minha presença preocupou aos cinco.

A deles não me causou sequer uma ruga na testa.

Eles eram todos fortes, sim. Mas não eram guerreiros, eram negociadores.

-Fanatismo. Eu vim por sua cabeça.-disse eu.-Vocês vão tentar me impedir?

Inveja, sempre ela, mordeu a isca. No fundo, eu sabia que ela só queria a atenção dos outros. Ela correu em minha direção e sacou sua Lâmina, curva e espinhosa. Mas eu estava pronto. Um tentáculo de sombras segurou um de seus braços. Eu segurei o outro.

E a minha mão que sobrou enterrou minha Lâmina em seu peito.

Os outros três atacaram, mas era cedo demais para eles. Um raio de sombras projetou-se de minha mão e atirou Ciúmes longe. Verdade tentou atacar-me, mas desarmei-a e então a atirei longe de mim. Serenidade ficou em minha frente e eu a degolei.

Ciúmes tentou revidar o golpe quando se aproximou, mas eu fui mais rápido (de novo). Segurei-o pelo pescoço e então ergui-o acima da cabeça e cravei minha Lâmina. Atirei o cadáver no chão e então golpeei a cabeça de Verdade com minha Lâmina.

Fácil demais.

-Fanatismo.-disse eu.-Agora é sua vez.

-Sim, Orgulho.-respondeu ele.-Vou finalmente ter o prazer de livrar-me de você.

Ele avançou em minha direção, sua lâmina gigantesca girando como um redemoinho. Seu primeiro golpe acertou o chão, criando uma rachadura enorme. Eu esquivei-me e então chutei seu rosto. Ele reagiu ao chute com um soco, que me arremessou longe. Rápido como um raio, ele me alcançou e me acertou mais quatro ou cinco socos. A dor era excruciante, mas eu estava ali por um motivo. E não ia desistir fácil.

A Lâmina enorme de Fanatismo tentou acertar-me de novo, mas o golpe passou longe. Ignorei os socos que estava recebendo e então arranquei suas mãos. Era o único jeito de fazer aquele desgraçado parar de reagir. Guardei minha Lâmina na bainha e então comecei a socar o rosto dele.

Perdi as contas de quantas vezes eu amassei a cabeça de Fanatismo com as minhas mãos. Não tinha problema, para mim, eu não iria cansar. Esperei até que ele estivesse quase morto e então absorvi suas energias. Não o suficiente para absorver seus aspectos, mas o suficiente para deixá-lo incapaz de recuperar-se tão cedo. E então voei até o meio da batalha, carregando o quase cadáver de Fanatismo.

Meu pouso trouxe a atenção de quase todos, mas meu chamado completou o serviço.

-ETERNOS!-disse eu.-CÁ ESTOU EU, COM O LÍDER DA FALSA LEGIÃO!

Todos me olharam. Cravei minha Lâmina em Fanatismo, para que morresse.

-Vocês falharam. A falsa legião, que vocês formaram, a falsa aliança sem a menor união: está desfeita. A união triunfou. A aliança motivada triunfou. Agora deixem a verdadeira Legião dos Eternos em paz.

A guerra.
A maldita guerra.
Chegou ao fim.

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